segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quem sabe ainda sou uma garotinha

Eu encontrarei o meu caminho

Através do sofrimento,

Eu não desistirei do amor,

Eu acredito.
(Kaci Brown – I will learn to love again)

Ela era apenas uma garotinha de doze anos em busca de coisas novas, e ela se apaixonou. Como nunca tinha estado apaixonada antes, ela achava que tudo o que sentia era amor.
Pobre garota.
Tamanha euforia e desespero de supostamente ter encontrado o amor, levou-a a mandar cartas de amor, usar milhões de frases feitas e sonhar com todas as forças de que todo aquele sentimento seria retribuído pelo seu “amado”.
Foi uma primeira paixão e uma primeira decepção.
Então ela descobriu da maneira mais difícil, que as coisas nunca seriam perfeitas como ela acreditava que seriam. Nada seria como nos contos de fadas que ela cresceu lendo ou como nos filmes, essa era a vida real.
E depois de uma queda de auto-estima, vários choros encubados e músicas para dias ruins, ela aprendeu que o que ela havia sentido nunca tinha sido amor e que continuava sem saber o que isso era.
Hoje, alguns anos e algumas paixões depois, a garota que acreditava nos contos de fadas não se parece mais a mesma. Ela está mais consciente e mais resistente, isso o tempo se encarregou de fazer. Não se pode dizer que não há mais sonhos dentro dela – porque ainda há muitos -, mas agora eles se parecem mais reais, concretos e objetivos. Sonhos, para ela, é tudo aquilo que não envolve a perfeição. Sonhos envolvem alvos para se alcançar durante a busca incansável pela felicidade.
E sobre o amor, ela ainda sabe muito pouco, quase nada. Talvez o que ela continue sabendo e ainda tenha certeza, é apenas tudo o que ela sempre vê nos filmes.

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